Está endividado? 5 dicas para reduzir suas despesas e ficar livre das dívidas
Aprenda a reduzir gastos, manter sua vida financeira organizada e sair do endividamento
Em setembro de 2021 o PEIC centro de Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, averiguou que 74% da população brasileira está endividada, isso representa três a cada quatro brasileiros com problemas financeiros, já a inadimplência representa 25,5% da população.
Mas você sabe qual é a diferença entre endividamento e inadimplência?
Endividamento é apenas o fato de termos um pagamento pendente com alguma instituição, compromisso que foi feito com pagamento de forma parcelada, como é o caso de um financiamento de veículo, casa e até mesmo aquela compra realizada no cartão de crédito.
É isso mesmo, você não entendeu errado, poucas pessoas sabem disso, mas até aquelas compras parceladas no cartão já são consideradas dívidas.
Ou seja, estar endividado não é de fato um problema, mas a má administração dessas despesas, como por exemplo, deixar de pagar alguma dessas contas na data correta, pode levar à inadimplência.
Uma pessoa só pode ser oficialmente considerada como inadimplente quando o compromisso tiver vencido há mais de 90 dias, para contas vencidas entre 15 a 90 dias é considerado apenas como atraso, conforme regras do Banco Central.
Nesse artigo vamos dar 5 dicas que irão te ajudar a administrar bem suas dívidas, ficando longe da inadimplência, problemática que falaremos com mais profundidade em breve, aqui no blog.
- Controle na ponta do lápis
Tanto faz se for no caderno, planilha ou aplicativo o ideal é acompanhar de perto sua vida financeira, assim como as empresas que registram entradas e saídas todos os dias, é importante fazer o mesmo na vida pessoal.
Tal exercício vai dar maior clareza sobre a verdadeira situação financeira em que você se encontra e consequentemente maior racionalidade para o controle das finanças.
- Entenda o limite e não ultrapasse
Um endividamento pode ser classificado como saudável se não ultrapassar 30% da sua renda total de uma pessoa. Esse é um percentual considerado confortável, mas o ideal é sempre estar abaixo dele, veja no exemplo abaixo:
Uma pessoa que possui renda mensal líquida de R$2.000,00. A soma da sua fatura do cartão de crédito e financiamentos, não deve ultrapassar o valor de R$600,00.
Nesse exemplo, apenas 30% (R$ 600,00) da renda está direcionado para saldar esse tipo de dívida e os outros 70% (R$1.400,00) ficam disponíveis para pagamentos de despesas fixas, como contas de consumo e investimentos.
Faça uma avaliação e verifique, caso seu endividamento esteja acima de 30% da sua renda, cuidado! Procure formas de diminuir o valor da dívida.
- Reduza a velocidade dos juros: Entre em contato com os credores
Aqui estamos falando de negociar!
Busque reduzir as taxas de juros do financiamento, isso é possível na maioria das modalidades: consignado, CDCs, crédito imobiliário, refinanciamento entre outros. Entre em contato diretamente com a instituição financeira onde o contrato foi feito e busque renegociar essas taxas.
Caso a empresa negue a redução da taxa, saiba que atualmente é possível portabilizar a maioria dos contratos de financiamento para outros bancos e com toda certeza essa nova instituição irá lhe proporcionar melhores condições. Mas sempre avalie a proposta com calma, para não trocar seis por meia dúzia.
- Corte tarifas de bancos
Pagar anuidade de cartão de crédito e tarifa bancária é coisa do passado!
Entenda quais benefícios o seu cartão de crédito oferece, é provável que você não tenha utilizado nenhum deles, como: programa de pontos, percentuais de descontos para compras em estabelecimentos parceiros da bandeira e etc.
Caso não faça sentido manter a anuidade do cartão, por não utilizar os benefícios que ele oferece, busque modalidades mais simples que não cobrem anuidade, atualmente a maioria das instituições financeiras disponibiliza uma uma bandeira isenta, consulte seu banco.
Já para a conta corrente não encontramos nenhum motivo para manter os pagamentos da tarifa mensal, pois atualmente fazemos tudo de forma online: consulta de extratos e saldo, transferências de recursos (Ted/PIX), pagamentos. Sendo assim, a maioria da população não costuma ir até o banco para fazer suas movimentações, não havendo justificativa para o pagamento mensal.
Entre em contato com a sua instituição através do atendimento telefónico e faça o pedido da exclusão da tarifa da conta corrente. Caso a instituição negue a possibilidade de deixar a conta sem cesta, opte pela cesta básica do banco central, que te dará alguns benefícios de forma gratuita e que todo correntista tem direito.
Veja no link abaixo as opções do Banco Central: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/tarifas3594
- Não atrase os pagamentos
Manter o pagamento dos compromissos na data certa é primordial, pagar juros por ter deixado um boleto vencer não é inteligente.
Caso você seja uma pessoa que esquece com frequência a data de vencimento dos boletos, saiba que a maioria dos pagamentos pode ser feita de forma automática na data do vencimento, através do serviço bancário chamado Débito Automático, que é gratuito.
Para cadastrar contas de consumo basta acessar o site da sua instituição e efetuar o cadastramento através do código para débito automático que vem impresso na conta de consumo, e se for boleto é necessário pedir à empresa emitente para que o débito seja feito direto na conta corrente.
Caso o atraso no pagamento seja por descasamento de datas, como por exemplo, o cartão de crédito vence no primeiro dia útil do mês, mas você recebe seu salário somente no quinto dia útil do mês, não dê bobeira e entre em contato com a instituição para fazer o pedido de alteração de data de vencimento.
Como se precaver?
Normalmente um endividamento vira inadimplência, quando algo imprevisto acontece, como por exemplo: perda do emprego, doença, acidente, entre outros,
Essas situações inesperadas, acabam exigindo um gasto acima do previsto e acabamos perdendo o controle das finanças, por esse motivo é primordial ter uma reserva de emergência.
Veja nossa matéria completa sobre como estruturar sua reserva financeira, passo a passo começando do zero https://toricco.com.br/2021/10/14/como-estruturar-minha-reserva-de-emergencia-um-guia-completo/
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Comment (1)
[…] Após fazer os registros que indicamos no tópico acima, você saberá exatamente as dívidas que possui. Comece sempre priorizando o pagamento dessas, se necessário tente negociá-las junto às instituições para reduzir taxas e juros. Veja aqui 5 dicas de como sair do endividamento. […]